Manicure conta que foi reconhecida pela vítima pouco antes de matá-la
Vera Araújo
RIO — Mais de 30 dias na cadeia não foram suficientes para a manicure
Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo, de 22 anos, assassina confessa de
João Felipe Eiras Bichara, de 6 anos, demonstrar um pingo de
arrependimento. Fria ou louca? Ela própria, em entrevista exclusiva ao
GLOBO, se autodefine num lampejo: louca. A lógica dela é a de quem
sabe que, caso seja considerada doente mental, cumprirá medida de
segurança em manicômio judiciário, local de tratamento, sem caráter de
pena. Bem articulada, Suzana é capaz de conquistar e manipular seu
interlocutor em poucos minutos de conversa. Descreve passo a passo o
crime, olho no olho, e dispara: "Você deve pensar que eu sou um
monstro e nem deve querer mais me ouvir, né?". O crime ocorreu em 25
de março, em Barra do Piraí.
— Fria eu nunca fui — diz a mulher. — Prefiro dizer que sou louca.
Primeiro eu pensei em sequestro, mas, como pe
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