Por Marcelo
Brandão Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF)
anunciou hoje (14) o pedido de bloqueio de R$ 544 milhões em bens dos grupos
Galvão Engenharia, Camargo Correa e Sanko Sider, além de seus diretores. Os
valores são referentes a propinas pagas no esquema de corrupção investigado na
Operação Lava Jato envolvendo esses grupos e a Petrobras. Até agora foram quase
R$ 700 milhões bloqueados em ações cíveis.
Apenas o grupo Galvão Engenharia e
seus diretores tiveram R$ 302 milhões bloqueados. Os grupos Camargo Corrêa e
Sanko Sider somam R$ 241 milhões bloqueados. Os réus das ações têm até 15 dias
para apresentarem "bens livres e desimpedidos passíveis de constrição
judicial".
De acordo com o MPF, os grupos
investigados movimentavam, apenas em propina, valores entre 1% e 3% do montante
total de contratos bilionários. Os contratos eram assinados após licitações
fraudulentas.
Hoje o MPF também
apresentou denúncia contra 13 envolvidos no esquema de corrupção
investigado pela Operação Lava Jato. Dentre eles, quatro são ex-parlamentares
que exerciam mandatos no Congresso durante o período de envolvimento com o
esquema ilícito.
De acordo com o procurador da
República, Deltan Dallagnol, novos nomes, entre eles políticos, estão sendo
investigados e devem ser divulgados futuramente. "Novas acusações virão em
relação a pessoas ainda não acusadas. Empresários, operadores financeiros e
outros funcionários públicos serão acusados no futuro, além de outros agentes
políticos".