Filho tem ideia, costureira cria fábrica no sertão da BA e vende a 15 estados

Até 2010, Geovania Arruda Siqueira costurava em um 'puxadinho' em casa.
Confecção faturou R$ 600 mil em 2012 e deve crescer 80% neste ano.

Gabriela GasparinDo G1, em São Paulo

Foi com o "empurrão" do filho, em 2010, que a costureira Geovania
Maria de Arruda Siqueira, de 43 anos, criou coragem e ampliou uma
confecção de roupas que mantinha há mais de 20 anos em um "puxadinho"
dentro de casa para montar uma fábrica que hoje emprega 25 pessoas em
Paulo Afonso, às margens do Rio São Francisco, no interior da Bahia. O
faturamento ultrapassou R$ 600 mil em 2012 e a expectativa é aumentar
o resultado em 80% neste ano.

No meio do sertão baiano, a Clara Arruda, voltada ao público feminino,
produziu 23 mil peças entre blusas, saias e camisas no ano passado –
com expectativa de chegar a 30 mil neste ano. Os produtos são vendidos
atualmente para 15 estados brasileiros – Pernambuco, Alagoas e Paraíba
respondem por 60% do faturamento.

A ideia de abrir a fábrica começou quando o filho de Geovania, Caio de
Arruda Siqueira, de 26 anos, usou a experiência da mãe como costureira
em projetos durante a faculdade de administração que fez em
Pernambuco.

Após se formar, resolveu colocar os conhecimentos em prática. "Sempre
tive vontade de ter a minha própria empresa. Vi que através de minha
mãe isso seria possível. Minha graduação toda foi voltada para a
realização desse sonho." A marca é homenagem a uma prima, de mesmo
nome.

A fabrica foi construída em um terreno vizinho à casa da família na
cidade, que tem pouco mais de 100 mil habitantes. Foram investidos
aproximadamente R$ 500 mil que Geovania guardara, aos poucos, durante
todos os anos de trabalho. "Faz mais de dois anos [que a fábrica foi
construída] e já está ficando pequena", avalia a empresária.

"Sempre tive vontade de ter a minha própria empresa. Vi que através de
minha mãe isso seria possível. Minha graduação toda foi voltada para a
realização desse sonho" Caio de Arruda Siqueira, empreendedor

Antes disso, ela chegou a ter 12 máquinas para 8 costureiras no andar
de cima da casa da família, que, segundo a empreendedora, "não era
usado para nada útil". "Mas meu esposo [que é dentista na cidade]
ficava reclamando, ficava tudo muito bagunçado", diz.


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