A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) notificou há pouco o aeroporto Presidente Juscelino Kubistchek, em Brasília, após o apagão
desta manhã. A luz começou a oscilar às 3h39 desta madrugada. Mais
tarde, às 6h10 todo o aeroporto ficou às escuras, e só voltou ao normal
às 8h45. Por causa disso, a multa ao aeroporto pode chegar a R$ 1,6
milhão.
A Anac havia informado inicialmente que o apagão durou das 3h39 às 8h39,
mas depois corrigiu a informação. Durante as falhas de energia, ao
menos 66 voos registraram atraso e outros seis foram cancelados, de
acordo com a Infraero.
Desde o último dia 28, o aeroporto da capital é gerido integralmente
pela Inframérica, um consórcio de empresas privadas que venceu uma
concorrência lançada pelo governo federal no ano passado.
Antes disso, por seis meses a Inframérica e a Infraero atuaram juntas na gestão do aeroporto.
De acordo com nota da Anac, a Inframérica "não assegurou a adequada
prestação do serviço, o que gerou impacto às operações aéreas e à
formação de longas filas no check-in, que teve que ser realizado
manualmente".
Durante parte da manhã deste sábado, o terminal de passageiros ficou sem energia.
A Inframérica esclareceu, também por meio de nota, que "não houve
qualquer problema no sistema elétrico de controle de voos, não afetando
em momento algum o tráfego aéreo".
A empresa diz que ainda investiga a causa da pane. A princípio,
oscilações na linha de transmissão que abastecem o aeroporto teriam
causado a falha.
Além da penalidade, a Anac destaca que exigirá do concessionário a
apresentação de um plano, que mostre o que será feito para evitar que a
falta de energia prejudique as operações do aeroporto novamente.
O concessionário terá sete dias para elaborar e entregar o plano à Anac.
Caso descumpra a determinação, a Inframérica pode sofrer nova multa.
MELHORIAS
Segundo a Inframérica, até o fim do ano deve ser concluída a obra de uma
nova subestação em Brasília, Hípca, que será responsável por atender
exclusivamente a demanda do aeroporto.
Essa geradora e a nova linha de transmissão são vistas pela
concessionária como uma das soluções para os atuais problemas de
fornecimento de energia do aeroporto.
Além disso, o sistema elétrico de todos os terminais deve passar por melhorias.
A empresa defende que até o fim do ano implantará um sistema de
automação, que fará com que a energia seja restabelecida em prazos
menores sempre que houver uma pane.
A Inframérica explicou ainda que o pico de energia afetou de tal forma o
sistema elétrico do aeroporto, que o gerador não conseguiu distribuir
energia assim que o sistema principal foi desligado.