Confronto deixa rastro de destruição no Leblon e em Ipanema

18/7/2013 11:05
Por Redação, com agências - do Rio de Janeiro
Segundo a Polícia Militar, pelo menos 500 pedras portuguesas foram retiradas da calçada

Segundo a Polícia Militar, pelo menos 500 pedras portuguesas foram retiradas da calçada

Após a ação de vândalos durante o protesto no Leblon, na Zona Sul do Rio, na noite de quarta-feira, a região amanheceu nesta quinta com rastros de destruição. Manifestantes depredam agências bancárias, caixas eletrônicos, colocando fogo em objetos e saqueando lojas.
De acordo com informações do portal G1, por volta das 7h, a Rua Aristides Espínola, onde mora o governador Sérgio Cabral, estava com o policiamento reforçado e com grades nas calçadas. Em Ipanema, onde também houve depredação de lojas e agências bancárias, vários carros da PM estavam no local. Devido ao tumulto, Cabral convocou para esta quinta-feira uma reunião de emergência, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, também na Zona Sul, com o secretário da Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, o comandante da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho, e os secretários da Casa Civil, Regis Fichtner; e de Governo, Wilson Carlos Carvalho.
Segundo a Polícia Militar, pelo menos 500 pedras portuguesas foram retiradas da calçada. Quatro PMs ficaram feridos com pedradas. Uma quinta policial se feriu ao ser atingida nas costas por uma bomba de fabricação caseira. O número de manifestantes feridos não foi confirmado. Ainda de acordo com a PM, um dos presos foi um jovem que carregava um coquetel molotov.
Fogueiras com lixo e papel interditaram várias ruas no entorno da Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, e da Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Dezenas de bombas de gás foram atiradas pelo Batalhão de Coque para dispersar o protesto. Funcionários de bares e restaurantes da região, uma das mais nobres e badaladas da cidade, reclamaram do prejuízo. O último ato em frente ao prédio onde vive Sérgio Cabral havia sido no dia 4 de julho e também terminou em confusão. Promotores do Ministério Público do Rio e cerca de 15 advogados da OAB acompanharam a manifestação.
De acordo com a página do protesto no Facebook, o grupo reivindica CPIs da Delta, da Copa e do Helicóptero (cujo uso por Cabral é investigado pelo MP). Os manifestantes também se dizem contra a privatização do Maracanã, o fim do antigo Museu do Índio, as remoções compulsórias e as privatizações por conta da Copa. Pedem ainda a desmilitarização da polícia e o impeachment do governador Sérgio Cabral e do vice, Pezão.
Foram feitas interdições em razão do protesto. O trecho da rua Aristides Espínola entre a praia e a General San Martin ficou fechado pela polícia durante todo o tempo. Outras vias ao redor foram sendo interrompidas ao longo da noite. Entre os cartazes, havia mensagens com críticas à saúde pública, ironias sobre a ação da polícia durante as manifestações, críticas ao uso pessoal do helicóptero oficial pelo governador, entre outros temas.
Em coro, manifestantes gritavam palavras de ordem hostilizando o governador. Uma barreira com policiais militares impediu a aproximação das pessoas do prédio onde ele reside. Em nota, o governador Sérgio Cabral declarou que "a oposição busca antecipar o calendário eleitoral criando constrangimentos à governabilidade". "O governador, legitimamente eleito por 67% dos votos no 1º turno nas ultimas eleições, reitera o seu compromisso de continuar a manter o Rio de Janeiro na rota do desenvolvimento social e econômico."
 
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/noticias/rio-de-janeiro/confronto-deixa-rastro-de-destruicao-no-leblon-e-em-ipanema/628660/

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