Funcionalismo: Lei de greve vira ameaça

Extraído de: Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário...
- 22 horas atrás

VERA BATISTA Correio Braziliense Em programa de rádio, Gleisi critica
abusos de servidores nas paralisações e afirma que isso vai resultar
em legislação mais rigorosa A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, mandou um recado aos servidores em tom de ameaça e condenou
os excessos durante a greve. Em entrevista ao programa Bom dia,
ministro, distribuído pela EBC a rádios de todo o país, ela assinalou
que "não podemos ter abusos" e que as paralisações não podem "ferir o
direito do cidadão de ter acesso aos serviços públicos". Ao falar
sobre os projetos que tramitam no Congresso Federal, com o propósito
de regular esses movimentos, Gleisi deixou claro que o Ministério do
Planejamento e a Advocacia-Geral da União, por orientação da
presidente Dilma Roussef, estão olhando com lupa o desenrolar do
processo. Embora admita que o Brasil vive em uma democracia, portanto
o direito é assegurado a todas as categorias, deixou claro que os
impactos da última greve, considerada a maior do funcionalismo nos
últimos 10 anos, pode levar o governo a tratar o assunto com mais
rigor, no momento da votação da Lei de Greve pelo Legislativo. "Não há
uma definição se terá um projeto ou não do Executivo. Mas o fato é que
esse tema já está em pauta, e eu acredito que, com os abusos que
tivemos nessa greve recente, com certeza, isso vai ter um reflexo na
discussão e nas definições do Congresso Nacional". A ministra concorda
com os trabalhadores quanto ao direito de reivindicar. "Mas nós temos
que saber que têm limites e que também há uma situação econômica do
país de limites na questão orçamentária, principalmente no serviço
público." Aproveitou para defender a pasta de seu marido, o ministro
das Comunicações, Paulo Bernardo, ao criticar os funcionários dos
Correios. "Tive a notícia que o Tribunal Superior do Trabalho (TST)
determinou que, pelo menos, 40% dos trabalhadores dos Correios
permaneçam trabalhando. Eles já fizeram greve no ano passado, já
tiveram o reajuste", destacou. As provocações da ministra Gleisi
Hoffmann caíram como uma bomba no movimento sindical. A Confederação
Nacional do Serviço Público Federal (Condsef), que representa 80% dos
funcionários públicos em greve até 31 de agosto, vai publicar uma nota
em repúdio às declarações da Casa Civil. "Não vamos aceitar revanche,
retaliação ou desaforo, nem esse tipo de tratamento. Se houve abuso,
foi desse governo incompetente em negociar. Só em 2012, fizemos mais
de 200 reuniões", indignou-se Sérgio Ronaldo, diretor da Condsef.

Autor: Sylvio Micelli

Fonte: http://fenasj.jusbrasil.com.br/noticias/100070436/funcionalismo-lei-de-greve-vira-ameaca

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