Desde que a Infraero entregou a sua famigerada contraproposta para o
nosso Acordo Coletivo de Trabalho 2012/13 - que contempla unicamente a
reposição da inflação do período - a diretoria do nosso Sindicato não
parou.
E como já informamos anteriormente, a diretoria da Infraero não tem
autonomia para decidir, é barrada pela tecnocracia do governo e não
consegue negociar nossa Data Base politicamente.
Assim, os dirigentes do SINA - o presidente Francisco Lemos e o
secretário geral Célio Barros - fizeram nos últimos dias uma
verdadeira peregrinação em Brasília por gabinetes da Infraero, da
Câmara dos Deputados, do Senado e do Palácio do Planalto.
Enquanto isso, os aeroportos da Rede Infraero sentem os efeitos das
paralisações das categorias presentes nos terminais, como Polícia
Federal, Receita Federal, Anvisa, etc. E nos nos Teca`s (terminais de
cargas) já faltam espaços para a armazenagem de produtos a serem ainda
inspecionadas pelos servidores federais já em greve. Sem contar com as
crescentes filas, principalmente, nos embarques internacionais
controlados pela Polícia Federal com sua Operação Padrão.
O quadro vivido pelos aeroportuários/as e pelas demais categorias em
greve mostra-nos a incapacidade do governo em negociar as
reivindicações dos trabalhadores. E a incompetência da diretoria da
Infraero que vem empurrando com a barriga as negociações do nosso
Acordo há 3,5 meses completados nesta quarta-feira, 15/08!
A postura do governo, especialmente da diretoria da Infraero, gerou um
sentimento de abandono nos aeroportos em plena transição dos mesmos
para os novos concessionários. E pior, o ministro chefe da Secretaria
Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, foi vaiado
durante encontro com sindicatos cutistas na semana passada e ouviu
palavras de ordem tipo "A greve continua, Dilma a culpa é sua!".
Como se vê, estão dadas as condições para que a categoria
aeroportuária engrosse o bloco das paralisações do setor público
federal. Até por que não chegou nada melhorando a contraproposta da
Infraero até a noite desta terça-feira, 14/08, quando redigimos esta
matéria.
E para não sermos apanhados de surpresa, o Jurídico do SINA já está
providenciando o aspecto legal no caso da categoria decidir pela
paralisação. E a data que a greve será iniciada - se for o caso - vai
ser definida nas Assembleias nos dias 16, 17, 20 e 21 de agosto.
Fique ligado/a e siga só as orientações do SINA na coluna Turbulência.
O momento é de faca nos dentes!
Os aeroportuários/as, antes de tudo, têm que ser respeitados.
Aguarde mais informações e participe pessoalmente das Assembleias!
Fonte: http://www.sina.org.br/turbulencia/