22/08/2012 10h28 - Atualizado em 22/08/2012 10h33
Policiais querem aumento de efetivo, de salários e reestruturação da carreira.
Sindicato diz que mantém escala habitual na Ponte da Amizade.
Ariane Ducati
Do G1 PR
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A greve dos policiais federais completa 15 dias nesta quarta-feira
(22), e após ocasionar tumultos em aeroportos e aumentar o rigor das
fiscalizações nas fronteiras com as operações padrão, agora provoca
polêmica com o cumprimento da decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), que determinou a suspensão dessas operações.
A determinação de quinta-feira (16) ainda definiu multa diária de R$
200 mil para os sindicatos da Polícia Federal (PF) e a Polícia
Rodoviária Federal (PRF) que descumprissem a medida.
Desde então, segundo a delegada do Sindicato dos Policiais Federais do
Paraná (Sinpef-PR), Bibiana Orsi, na Ponte da Amizade, em Foz do
Iguaçu, as escalas habituais da PF estão sendo mantidas.
"Não abandonamos o posto. Ocorre que o número de policiais é muito
pequeno sempre, comparando com o número que seria ideal. Se tivéssemos
abandonado a fronteira, com certeza o governo já tinha pedido reforço
do Exército. Só não chamou, porque o nosso efeito está lá", explicou
Orsi.
saiba mais
Governo anuncia corte do ponto de 11,4 mil servidores em greveCom
efetivo mínimo, fiscalização é interrompida na Ponte da AmizadeNo
início da manhã desta quarta-feira (22), uma equipe de reportagem da
RPC TV que esteve na Ponte da Amizade relatou que não encontrou nenhum
policial federal trabalhando na fiscalização e os veículos cruzavam a
fronteira livremente.
De acordo com a delegada do Sinpef-PR, os policiais designados pela
escala da PF, de quatro a seis por turno, estão priorizando os
serviços de imigração, emissão de multas, procedimentos do posto.
"Estamos cumprindo a medida judicial e obedecendo a escala da Polícia
Federal para Ponte da Amizade, no Aeroporto de Foz do Iguaçu e na
Ponte Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina", contou.
Orsi ainda contou que a diferença de fiscalização na fronteira se deu
porque durante a operação padrão o sindicato chamava servidores de
outros setores da PF para ajudarem no trabalho na Ponte. Assim, a
fiscalização e os demais serviços eram realizados por cerca de 40
funcionários. Agora, com a escala mantida, o número está reduzido ao
habitual.
Diariamente cerca de 35 mil pessoas cruzam a Ponte da Amizade, entre o
Brasil e o Paraguai. Esta é a fronteira mais movimentada do país.
A greve segue por tempo indeterminado e segundo a delegada do
Sinpef-PR, Bibiana Orsi, "inflelizmente não há previsão para o fim, só
Deus e o governo sabem".
Corte do ponto
Sobre o corte do ponto dos policiais federais e greve, conforme
decisão do Ministério do Planejamento, na terça-feira (21), a delegada
do Sinpef-PR disse que "faz parte".
"Se a gente tiver que pagar pela greve e pelas nossas reivindicações,
vamos assumir esse encargo. Da mesma forma que a gente tem o direito
de trabalho, a administração tem o direito de cobrar por isso. Depois
isso será tratado com o governo, vamos poder repor essas horas",
considerou.
Reivindicações
A categoria reivindica uma reestruturação na carreira dos policiais,
especialmente em relação aos agentes, escrivães e papiloscopistas,
aumento de efetivo e aumento do salário inicial de cerca de R$
7.700,00, piso para profissionais que possuem apenas Ensino Médio. Os
policiais exigem o piso de R$ 12 mil, valor pago para quem possui
terceiro grau completo.
Fonte: http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/08/greve-dos-policiais-federais-completa-15-dias.html
Policiais querem aumento de efetivo, de salários e reestruturação da carreira.
Sindicato diz que mantém escala habitual na Ponte da Amizade.
Ariane Ducati
Do G1 PR
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A greve dos policiais federais completa 15 dias nesta quarta-feira
(22), e após ocasionar tumultos em aeroportos e aumentar o rigor das
fiscalizações nas fronteiras com as operações padrão, agora provoca
polêmica com o cumprimento da decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), que determinou a suspensão dessas operações.
A determinação de quinta-feira (16) ainda definiu multa diária de R$
200 mil para os sindicatos da Polícia Federal (PF) e a Polícia
Rodoviária Federal (PRF) que descumprissem a medida.
Desde então, segundo a delegada do Sindicato dos Policiais Federais do
Paraná (Sinpef-PR), Bibiana Orsi, na Ponte da Amizade, em Foz do
Iguaçu, as escalas habituais da PF estão sendo mantidas.
"Não abandonamos o posto. Ocorre que o número de policiais é muito
pequeno sempre, comparando com o número que seria ideal. Se tivéssemos
abandonado a fronteira, com certeza o governo já tinha pedido reforço
do Exército. Só não chamou, porque o nosso efeito está lá", explicou
Orsi.
saiba mais
Governo anuncia corte do ponto de 11,4 mil servidores em greveCom
efetivo mínimo, fiscalização é interrompida na Ponte da AmizadeNo
início da manhã desta quarta-feira (22), uma equipe de reportagem da
RPC TV que esteve na Ponte da Amizade relatou que não encontrou nenhum
policial federal trabalhando na fiscalização e os veículos cruzavam a
fronteira livremente.
De acordo com a delegada do Sinpef-PR, os policiais designados pela
escala da PF, de quatro a seis por turno, estão priorizando os
serviços de imigração, emissão de multas, procedimentos do posto.
"Estamos cumprindo a medida judicial e obedecendo a escala da Polícia
Federal para Ponte da Amizade, no Aeroporto de Foz do Iguaçu e na
Ponte Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina", contou.
Orsi ainda contou que a diferença de fiscalização na fronteira se deu
porque durante a operação padrão o sindicato chamava servidores de
outros setores da PF para ajudarem no trabalho na Ponte. Assim, a
fiscalização e os demais serviços eram realizados por cerca de 40
funcionários. Agora, com a escala mantida, o número está reduzido ao
habitual.
Diariamente cerca de 35 mil pessoas cruzam a Ponte da Amizade, entre o
Brasil e o Paraguai. Esta é a fronteira mais movimentada do país.
A greve segue por tempo indeterminado e segundo a delegada do
Sinpef-PR, Bibiana Orsi, "inflelizmente não há previsão para o fim, só
Deus e o governo sabem".
Corte do ponto
Sobre o corte do ponto dos policiais federais e greve, conforme
decisão do Ministério do Planejamento, na terça-feira (21), a delegada
do Sinpef-PR disse que "faz parte".
"Se a gente tiver que pagar pela greve e pelas nossas reivindicações,
vamos assumir esse encargo. Da mesma forma que a gente tem o direito
de trabalho, a administração tem o direito de cobrar por isso. Depois
isso será tratado com o governo, vamos poder repor essas horas",
considerou.
Reivindicações
A categoria reivindica uma reestruturação na carreira dos policiais,
especialmente em relação aos agentes, escrivães e papiloscopistas,
aumento de efetivo e aumento do salário inicial de cerca de R$
7.700,00, piso para profissionais que possuem apenas Ensino Médio. Os
policiais exigem o piso de R$ 12 mil, valor pago para quem possui
terceiro grau completo.
Fonte: http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/08/greve-dos-policiais-federais-completa-15-dias.html