Agentes da PRF entram em greve nos Estados da Região Sul

Os servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) dos três Estados da
Região Sul aprovaram a adesão à greve nacional da categoria. A
paralisação começou na última quinta-feira no Rio Grande do Sul e
ontem em Santa Catarina. No Paraná, a adesão à greve está marcada para
quinta-feira, dia 23.

Veja como a greve dos servidores federais pode afetar sua rotina

A greve nacional por tempo indeterminado é a primeira em toda a
história da PRF, criada em 1928. Até o final desta semana, segundo a
Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), 21
dos 24 sindicatos devem aderir ao movimento. Na manhã de quinta-feira,
representantes da FenaPRF terão uma reunião com o secretário de
Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.

A greve só não começou no Paraná porque a categoria ainda aguarda o
prazo de 72 horas desde a comunicação oficial sobre a deflagração do
movimento, protocolada ontem na superintendência estadual do órgão. "A
partir desta quinta-feira, só iremos atender aos acidentes com vítima
ou que estejam afetando o tráfego", disse Ismael de Oliveira,
presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Paraná
(SinPRF-PR). "Todas as demais atividades da PRF serão reduzidas,
inclusive as de fiscalização das rodovias".

A categoria reivindica reajuste salarial, ampliação do efetivo,
reconhecimento do nível superior para o cargo de policial, pagamento
de adicional noturno e insalubridade, além de reestruturação da
carreira. Detentores de cargos de chefia da PRF entregaram nos últimos
dias seus cargos em apoio ao movimento. A entrega ocorreu no Distrito
Federal e em pelo menos seis Estados: Rio Grande do Sul, Pernambuco,
Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, e Goiás.

"Esse gesto é uma demonstração da insatisfação generalizada da
categoria e deixa o governo sem saída, sem ter como pressionar os
servidores", disse o presidente do sindicato no Rio Grande do Sul,
Francisco Dalla Valle Von Kossel. "Nossa greve é diferente, não está
reduzindo o efetivo. A orientação é para os policiais não saírem de
seus postos, a não ser em casos de acidentes graves ou de crimes em
flagrante". De acordo com o SinPRF-RS, seis postos de fiscalização da
Polícia Rodoviária Federal foram fechados no Rio Grande do Sul por
falta de efetivo.

O movimento grevista
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de
órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25
categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das
principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge
28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto,
é contestado pelo governo.

Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita
Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e
da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das
Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez
agências reguladoras aderiram ao movimento.

O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o
"espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem
até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao
Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para
2013.

No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para
permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas.
O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam
diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de
fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os
funcionários parados.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6093316-EI306,00-Agentes+da+PRF+entram+em+greve+nos+Estados+da+Regiao+Sul.html

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