Por Tribuna
Follow @tribunademinas
A falta de medicamentos e insumos na rede pública tem prejudicado
usuários do SUS em Juiz de Fora. Segundo a Ouvidoria Municipal de
Saúde, há, pelo menos, 12 medicamentos em falta, conforme denunciado
por uma paciente da Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) de
Santa Luzia, na Zona Sul. A ouvidora Edna Rodrigues afirma que a
situação se repete em praticamente todos os postos da cidade, o que
"compromete o tratamento e agrava a condição das pessoas
necessitadas".
A lista encaminhada à Ouvidoria pela usuária inclui propranolol
(tratamento cardíaco), sinvastatina (colesterol alto), amlodipina e
losartan (hipertensão arterial) e aminofilina (doenças pulmonares).
"São basicamente os mesmos remédios listados em outras denúncias,
algumas dizendo que a falta já dura três meses", afirma Edna.
Na farmácia da Uaps Centro-Sul, a informação ontem era de que os
medicamentos em falta teriam sido repostos na sexta-feira, porém, a
amlodipina já teria acabado. O estoque de insulina NPH também não é
reabastecido há cerca de duas semanas, deixando diabéticos
desassistidos.
Uma enfermeira, 51 anos, que preferiu não ser identificada, conseguiu
retirar ontem as caixas de prolopa receitadas a seu marido. Na semana
passada, ela precisou desembolsar R$ 55 para que o tratamento contra o
Mal de Parkinson do esposo não fosse interrompido, já que o
medicamento estava em falta no SUS. Uma professora aposentada, 63,
passou pelo mesmo problema. "Tive uma despesa inesperada."
Para Edna, o problema pode estar na logística de entrega. "Tem
medicamentos que não chegam na mão do paciente. Não adianta ter um
almoxarifado lotado, se a distribuição não é eficiente." O secretário
executivo do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos, confirma que há
falta regular de medicamentos em várias unidades. "Além disso, a
escassez de insumos, como gazes e esparadrapos, tem sido frequente",
afirma, citando o caso da Uaps Vila Olavo Costa, que está sem
materiais para curativos.
Conforme a Secretaria de Saúde, o pedido de reabastecimento da Uaps
Centro-Sul ocorreu na sexta-feira, estando a entrega prevista para
hoje. Ainda segundo a pasta, não há falta, no almoxarifado, de
propranolol, hidrocloro, amlodipina e losartan, incluídos na denúncia
à Ouvidoria. A nifedipina e o puran estão em falta devido a problemas
na licitação, mas novo processo já foi aberto. Ainda conforme a PJF, o
estoque dos demais medicamentos será checado hoje. Quanto aos insumos,
a informação é de que a rota de entrega será reiniciada na próxima
semana, passando por todas as Uaps.
Fonte: http://www.tribunademinas.com.br/cidade/falta-de-remedios-no-sus-1.1084457
Follow @tribunademinas
A falta de medicamentos e insumos na rede pública tem prejudicado
usuários do SUS em Juiz de Fora. Segundo a Ouvidoria Municipal de
Saúde, há, pelo menos, 12 medicamentos em falta, conforme denunciado
por uma paciente da Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) de
Santa Luzia, na Zona Sul. A ouvidora Edna Rodrigues afirma que a
situação se repete em praticamente todos os postos da cidade, o que
"compromete o tratamento e agrava a condição das pessoas
necessitadas".
A lista encaminhada à Ouvidoria pela usuária inclui propranolol
(tratamento cardíaco), sinvastatina (colesterol alto), amlodipina e
losartan (hipertensão arterial) e aminofilina (doenças pulmonares).
"São basicamente os mesmos remédios listados em outras denúncias,
algumas dizendo que a falta já dura três meses", afirma Edna.
Na farmácia da Uaps Centro-Sul, a informação ontem era de que os
medicamentos em falta teriam sido repostos na sexta-feira, porém, a
amlodipina já teria acabado. O estoque de insulina NPH também não é
reabastecido há cerca de duas semanas, deixando diabéticos
desassistidos.
Uma enfermeira, 51 anos, que preferiu não ser identificada, conseguiu
retirar ontem as caixas de prolopa receitadas a seu marido. Na semana
passada, ela precisou desembolsar R$ 55 para que o tratamento contra o
Mal de Parkinson do esposo não fosse interrompido, já que o
medicamento estava em falta no SUS. Uma professora aposentada, 63,
passou pelo mesmo problema. "Tive uma despesa inesperada."
Para Edna, o problema pode estar na logística de entrega. "Tem
medicamentos que não chegam na mão do paciente. Não adianta ter um
almoxarifado lotado, se a distribuição não é eficiente." O secretário
executivo do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos, confirma que há
falta regular de medicamentos em várias unidades. "Além disso, a
escassez de insumos, como gazes e esparadrapos, tem sido frequente",
afirma, citando o caso da Uaps Vila Olavo Costa, que está sem
materiais para curativos.
Conforme a Secretaria de Saúde, o pedido de reabastecimento da Uaps
Centro-Sul ocorreu na sexta-feira, estando a entrega prevista para
hoje. Ainda segundo a pasta, não há falta, no almoxarifado, de
propranolol, hidrocloro, amlodipina e losartan, incluídos na denúncia
à Ouvidoria. A nifedipina e o puran estão em falta devido a problemas
na licitação, mas novo processo já foi aberto. Ainda conforme a PJF, o
estoque dos demais medicamentos será checado hoje. Quanto aos insumos,
a informação é de que a rota de entrega será reiniciada na próxima
semana, passando por todas as Uaps.
Fonte: http://www.tribunademinas.com.br/cidade/falta-de-remedios-no-sus-1.1084457