CPMI começa a investigar o esquema de Cachoeira

O Congresso Nacional criou oficialmente, na manhã desta quinta a
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar as
relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com
parlamentares e agentes públicos e privados. O esquema de crimes e
fraudes faz parte das apurações das operações Vegas e Monte Carlo, da
Polícia Federal.

A vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), comunicou
que as lideranças da Câmara e do Senado têm até terça-feira para
indicador os titulares e suplentes que farão parte da CPMI. A comissão
será composta por 15 senadores e 15 deputados titulares e igual número
de suplentes. Os parlamentares serão indicados seguindo o critério de
proporcionalidade, aquele partido que dispõe de mais políticos terão
direito a um maior número de cadeiras.

Com atraso

Com 20 minutos de atraso, o Congresso formalizou nesta manhã a criação
da CPMI, após a leitura do requerimento para este fim, na sessão
extraordinária do Congresso Nacional, pelo 1º secretário, deputado
Eduardo Gomes (PSDB-TO), e constitui regimentalmente o ato de criação
da CPMI.
A vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES) convocou
sessão conjunta para a próxima terça-feira, às 19h30, para
apresentação dos membros da comissão. Essa também é a data-limite para
a indicação dos nomes pelas bancadas partidárias.
Na primeira reunião da CPMI, será eleito o presidente do colegiado e
indicado o seu relator. A comissão tem o prazo de 180 dias, com
possibilidade de prorrogação, para concluir os trabalhos.
Assinaturas
O requerimento contabilizava até o ato da leitura 72 assinaturas no
Senado e 337 na Câmara, número mais do que suficiente para garantir o
quórum, que é de 27 senadores e 171 deputados.
O número de apoiadores da investigação pode ser alterado até à
meia-noite, quando será publicado o ato de criação da CPMI. Até lá, os
parlamentares podem assinar o documento ou retirar suas assinaturas. O
requerimento para a criação da CPMI foi protocolado junto à Mesa do
Congresso na noite de terça-feira.
Segundo a Constituição, uma CPI tem poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais e pode, por exemplo, ouvir testemunhas,
investigados e indiciados, requisitar informações e documentos
sigilosos a instituições financeiras, além de quebrar os sigilos
bancário, fiscal e de dados. Ao término das investigações, as
conclusões devem ser encaminhadas ao Ministério Público.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/cpmi-comeca-a-investigar-o-esquema-de-cachoeira/436940/

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