Transição: de boas intenções o inferno está cheio!
A ação isolada da diretoria de Administração da Infraero, que
solicitou parecer jurídico para a Procuradoria da empresa sobre a
cessão de empregados/as lotados na Sede para outros órgãos públicos do
governo federal, tumultuou as Assembleias realizadas em Campinas,
Brasília e Guarulhos, realizadas nesta semana.
Esse tipo de ação isolada da Comissão Paritária de Transição - e,
também, da direção do SINA - mesmo que, como alegou o RH da empresa,
com o objetivo de abrir vagas na Sede para, se necessário, realocar os
trabalhadores/as, principalmente, do aeroporto JK, em Brasília, soou
como golpe baixo para a nossa categoria.
Afinal, desde que começamos a negociar com o governo federal uma saída
menos prejudicial para os nossos companheiros/as não perderem seus
empregos, a possibilidade de cessão de aeroportuários/as em nenhum
momento discutimos essa operação para aqueles/as que estão lotados na
Sede ou em qualquer outra localidade que não sejam os aeroportos de
Campinas, Brasília, Guarulhos e Natal.
Ao tomar conhecimento da iniciativa do RH, o presidente do SINA,
Francisco Lemos, ligou para o diretor de Administração, José Eirado, e
lembrou ao mesmo da prioridade dos aeroportuários/as lotados nos
aeroportos concedidos no caso de cessões para outros órgãos do governo
federal. E para fechar Lemos e Eirado concordaram que a consulta feita
ao jurídico da empresa não foi ilegal, mas inoportuna.
Mas qualquer oportunismo de quem quer que seja durante este processo
de transição será alvo de duras críticas e ações do SINA para defender
a dignidade e o respeito que os nossos aeroportuários/as, que neste
momento encontram-se na berlinda da privatização, merecem e com
eles/as a Infraero e o governo federal estão com uma dívida moral
enorme.
Portanto, reafirmamos o compromisso com a lisura do processo de
transição e rechaçamos os atropelamentos disfarçados de boas intenções
que, como afirma o ditado popular, o inferno está cheio delas!