Maconha está prestes a deixar a lista de substâncias proibidas da Anvisa

17/5/2014 13:53
Por Redação - de São Paulo
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está prestes a decidir se muda a classificação do canabidiol (CBD), um dos 80 princípios ativos da maconha, para um patamar abaixo da lista F1, de substâncias proibidas no país. A proposta é de colocá-lo na lista C1, de medicamentos permitidos, mas sujeitos a controle.
 
O diretor-presidente da agência, Dirceu Barbano, em entrevista ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, afirmou que a consequência prática dessa mudança, "caso ela ocorra, seria uma mensagem mais clara para quem prescreve ou para quem vai usar de que se trata de uma substância que, quando usada em doses, fórmula e indicação terapêutica definidas, pode ser usada de forma segura".
 
– O que está sendo demonstrado é que, essa planta, como poderia ser qualquer outra, pode fornecer substâncias que podem ser úteis na medicina. Não se pode demonizar nem achar que porque essa planta é a maconha que ela não possa produzir um princípio ativo digno, nobre e medicinal. É importante desmistificar, essa substância poderia estar presente em qualquer outra planta – disse.
 
O CBD passou a ser visto com outros olhos depois que a família de Anny Fischer, de 5 anos, que sofre de uma forma grave de epilepsia, iniciou uma campanha nacional para importar o medicamento. A família trazia o composto de forma ilegal dos EUA. Segundo Barbano, nas últimas semanas a Anvisa autorizou pelo menos seis pacientes a importarem o CDB. Ele falou que outros princípios ativos da maconha permanecerão proibidos até que eventualmente sua efetividade seja comprovada cientificamente.
 
A agência que regulamenta medicamentos nos EUA (FDA, na sigla em inglês) considera o composto seguro, mas quem o comercializa não pode alegar propriedades medicinais, porque o CBD ainda não passou por testes clínicos no país. Segundo Barbano, a consequência prática de se retirar o composto da lista F1 "é que fica uma mensagem mais clara para quem eventualmente prescreve ou para quem vai usar de que, no uso como princípio ativo de um medicamento, nós não temos nada que justifique que essa substância fique proscrita no país".
– Então, passa uma mensagem mais clara para quem prescreve, para quem usa, e reforça o entendimento de que se trata de uma substância que, quando usada em doses definidas numa fórmula farmacêutica definida e com indicação terapêutica definida, pode ser usada de forma segura – afirmou.
 
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/maconha-esta-prestes-a-deixar-a-lista-de-substancias-proibidas-da-anvisa/704746/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20140518

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