Em Manaus, operário morre em acidente de trabalho na Arena da Amazônia

Segundo informações registradas no hospital, às 4h20, o operário trabalhava na cobertura do estádio quando um cabo rompeu e ele caiu na arquibancada.
Manaus – O operário Marcleudo de Melo Ferreira, de 23 anos, morreu na madrugada deste sábado (14), após cair da altura de 35 metros nas obras da Arena da Amazônia, estádio de Manaus para a Copa do Mundo de 2014. Ele foi encaminhado para o Hospital 28 de Agosto, mas não resistiu. O corpo aguarda a liberação do Instituto Médico Legal (IML). 
Segundo informações registradas no hospital, às 4h20, o operário trabalhava na cobertura do estádio quando um cabo rompeu e ele caiu na arquibancada.
Nesta manhã, os trabalhadores da obra foram orientados a voltar para casa. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil de Manaus e do Estado do Amazonas (Sintracomec-AM), Cícero Custódio, trabalhar na Arena da Amazônia tem oferecido risco aos operários por conta do prazo estabelecido para a entrega do estádio. “Estão agilizando as obras sem se preocupar com os trabalhadores”, afirmou. “Ainda vão acontecer outros acidentes por causa da pressa”.
O coordenador da Unidade Gestora da Copa do Governo do Estado do Amazonas (UGP Copa), Miguel Capobiango Neto, reuniu nesta manhã com representantes de empresas que trabalham na obra. Por meio da assessoria de imprensa, ele informou que uma nota oficial sobre o acidente será apresentada às 11h.
Marcleudo de Melo Ferreira era natural de Limoeiro do Norte, Ceará, e estava com viagem marcada para passar as festas de fim de ano com a família. Ele faria aniversário neste domingo (15).
A Arena da Amazônia será inaugurada em janeiro e esta é a a segunda morte registrada de operário que trabalha nas obras. Em março deste ano, o pedreiro Raimundo Nonato Lima Costa, 49, morreu após sofrer um acidente também no estádio. De acordo com informações da Polícia Militar (PM) na época, Raimundo tentou  chegar até um andaime quando caiu de uma altura de aproximadamente cinco metros. O laudo do Instituto Médico Legal (IML)  apontou que o pedreiro sofreu traumatismo craniano. 

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