Dilma faz apelo por plebiscito em carta ao PT

Publicado por O Povo (extraído pelo JusBrasil) - 1 dia atrás
  Em carta de quatro páginas encaminhada ao PT, a presidente Dilma Rousseff defendeu a realização de plebiscito para a reforma política e disse que, ao lado do ex-presidente Lula, está ouvindo a voz das ruas para dar respostas à sociedade brasileira. Dilma enviou o texto para explicar por que não foi à reunião do diretório nacional da sigla, em Brasília, realizado no último sábado, em que seria convidada de honra. A ausência incomodou petistas, em especial o ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão e membro da direção do partido. Ele criticou a decisão da presidente em reunião da corrente majoritária da legenda. Eles [brasileiros] querem um novo sistema político, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto à participação popular que só a reforma política balizada pela opinião das ruas, por meio de um plebiscito, poderia criar, afirmou Dilma na carta.
A presidente justificou a ausência ao dizer que, com a vinda do papa Francisco ao Brasil, precisava atender a demanda de organização e segurança do evento, que envolve todo o governo. No texto, a presidente usou a expressão querida militância e fez afago à sigla dizendo que não haverá um Brasil efetivamente novo sem o PT. Dilma cita Lula duas vezes na carta. Em uma delas, diz que está ao lado do ex-presidente ouvindo as ruas para construir um Brasil cada vez melhor, listando as ações federais em resposta às ruas.
Alianças
Durante a reunião, o comando do PT responsabilizou seus partidos aliados pelo fracasso da reforma política em discussão no Congresso. A cúpula petista elaborou resolução em que diz que o governo e a sigla tiveram que executar política de reforma baseada em alianças cujos parceiros não se dispuseram e nem se dispõem a romper com os limites da institucionalidade conservadora. O mesmo documento propõe plano de combate à corrupção capitaneado pelo governo.
O diretório discutiu moção contra a permanência do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) na coordenação da comissão da reforma política. Manteve, contudo, por 43 votos a 27, nota que dizia que Vaccarezza não expressa o pensamento da bancada e do partido. Vaccarezza foi escalado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para coordenar o grupo de trabalho. A nomeação do petista irritou a presidente Dilma Rousseff e a cúpula do PT depois que ele se manifestou publicamente contra o plebiscito proposto pelo governo. Quarenta deputados petistas divulgaram manifesto contra a permanência do petista na coordenação e defenderam o nome do deputado Henrique Fontana (PT-RS), que comandou o projeto de reforma na Câmara. (das agências de notícias)
Saiba mais
Na reunião, o diretório do PT insistiu que há tempo para o Congresso aprovar o plebiscito a tempo das mudanças estarem em vigor as eleições de 2014, apesar de o PMDB, outros aliados e o próprio Vaccarezza terem descartado a sua aprovação.
Para o presidente do partido, Rui Falcão, as mudanças deveriam ocorrer já em 2014. Pelo menos o que diz respeito ao fim do financiamento privado das campanhas.
Além do Congresso, Falcão disse que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade tramita no Supremo Tribunal Federal proibindo o financiamento privado de campanhas.
Na primeira reunião do Grupo de Trabalho da reforma instalado na semana passada na Câmara dos Deputados, Vaccarezza disse que as propostas, a serem apresentadas em 90 dias, não valerão para as eleições de 2014.
 
Fonte: http://o-povo.jusbrasil.com.br/politica/104226771/dilma-faz-apelo-por-plebiscito-em-carta-ao-pt

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