Indígenas vítimas do tráfico na fronteira do AM

Jovens e idosos engolem cápsulas de cocaína e têm órgãos arrancados


Manaus (AM), 20 de Janeiro de 2013
ACRITICA.COM

Líder tikuna, Manoel Fernandes Moura, disse que preocupação agora é
com crianças que estão sendo cooptadas pelo tráfico (Divulgação)

Assassinatos de índios e pescadores na região do extremo Oeste do
Amazonas, na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, vêm
sendo cometidos por traficantes ligados aos cartéis de drogas dos
países vizinhos. De acordo com denúncia feita pelo líder indígena da
etnia tikuna, Manoel Fernandes Moura, revelada ao jornal A CRÍTICA,
crianças, jovens e idosos indígenas na região do Alto Solimões,
principalmente os que habitam as comunidades do município de Tabatinga
(a 1.105 quilômetros de Manaus), estão perdendo a vida para o tráfico
de drogas e de armas.

Segundo Manoel, muitos indígenas e ribeirinhos que foram cooptados
para a atividade criminosa desapareceram ou foram mortos quando
passaram a atuar como "mulas" (responsável pela entrega da droga).
Segundo Moura, os jovens aliciados chegam a ingerir inúmeras cápsulas
com drogas. Muitos não conseguem e morrem pelo caminho, em razão das
infecções causadas no estômago. Os que conseguem a façanha, chegam
debilitados e têm o mesmo destino fatal, uma vez que os traficantes,
além de recolher as cápsulas, retiram os órgãos das vítimas.

Tatuagem

O indígena revelou ainda que os narcotraficantes marcam os
adolescentes usados no tráfico de drogas, com tatuagem na sua maioria
nas mãos e outras partes do corpo, tornando-os cativos para sempre.
"Essas marcações identificam as facções a que pertencem, nos diversos
grupos de traficantes que não escolhem as vítimas", disse o indígena
que mora há mais de 15 anos na região.

(A íntegra deste conteúdo você confere na versão impressa do jornal A CRÍTICA)

Fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Indigenas-vitimas-trafico-fronteira-AM_0_850115015.html

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