Greve dos professores continua e sem perspectiva de volta ao trabalho

4/8/2012 13:01, Por Redação, com ABr- de Brasília


Professores universitários em greve fizeram manifestação em frente ao
Ministério do Planejamento esta semana
Em greve há 80 dias, os professores das universidades e dos institutos
federais de ensino superior continuam sem perspectiva de volta às
aulas. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes-SN), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da
Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e a
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef) recusaram-se a firmar acordo com o governo e mantêm a
paralisação.

Na sexta-feira, a Federação de Sindicatos de Professores de
Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceitou a proposta
do governo, que prevê reajustes de 25% a 40% até 2015 e diminuição do
número de níveis de carreira de 17 para 13. O fechamento do acordo
significou o fim das negociações por parte do governo.

Com a aceitação da oferta governamental pelo Proifes, ficou mais
evidente o racha na base sindical. Para a presidenta da Andes-SN,
Marinalva Oliveira, o governo não foi coerente. "Para nossa
indignação, entre quatro entidades, só uma manifestou ter aceitado, e
o governo anunciou que as negociações estavam encerradas, de maneira
unilateral, suspendeu qualquer tentativa de acordo", afirmou.

O coordenador-geral do Sinasefe, Gutemberg Almeida, também discorda da
proposta apresentada e classificou de "intransigente" a atitude do
governo ao encerrar as negociações. "O governo assinou o acordo com
uma entidade que não representa a maioria dos docentes. O governo
ignora a categoria. Não estamos de acordo com essa postura", disse
Almeida.

Dados do Andes-SN e do Sinasefe indicam que a paralisação atinge 57
das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais
de educação tecnológica. O Proifes representa sete universidades
federais e um instituto técnico. No entanto, cada entidade tem
autonomia para decidir pela continuidade da greve, independentemente
de acordo firmado. A expectativa da entidade é realizar assembleias na
próxima semana, para decidir se os professores voltam ao trabalho.

Segundo a secretária adjunta de Relações do Trabalho do Ministério do
Planejamento, Marcela Tapajós, ainda é cedo para falar em novas
propostas, caso a greve continue. "Vamos monitorar os próximos dias
muito atentamente. Qualquer avaliação é prematura agora, mas não
queremos subestimar a situação", disse Marcela.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/greve-dos-professores-continua-e-sem-perspectiva-de-volta-ao-trabalho/496188/

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