ganhou fama no noticiário internacional em meados da década de 80,
como principal cidade na rota do narcotráfico Colombiano, e este
fatídico rótulo fez com que durante muitos anos seus habitantes fossem
autointitulados criminosos, pura e simplesmente por se apresentar como
"Tabatinguense".
Excluindo-se estas notícias, a realidade social e econômica de
Tabatinga seria quase que a mesma das demais cidades da federação, se
não fossem os alarmantes índices de usuários de drogas no município,
se comparados com o restante do Brasil.
Segundos dados extraoficiais colhidos em pesquisa de campo pela
"COMUNIDADE TERAPEUTICA AGAPE", a porcentagem de dependentes químicos
no município chega a mais de 50% dos seus habitantes na faixa etária
entre 15 e 25 anos.
Para fins de pesquisa foram considerados como dependentes químicos
aqueles que fazem uso das substâncias psicotrópicas, seja ela
diariamente ou somente nos finais de semana, já que muitos não se
consideram dependentes por fazer apenas uso esporádico semanal dos
entorpecentes.
Segundo o funcionário público federal Valdir Gonçalves, um dos
idealizadores de uma casa de recuperação no município, estes jovens
são considerados verdadeiros "expurgos" da sociedade e a eles falta
todo apoio e incentivo necessários para a sua recuperação, porém a
ausência do governo com políticas de saúde pública voltada para estas
pessoas doentes torna a missão de recuperação ainda mais difícil.
Mas nem todas estas intempéries parecem incomodar Valdir Gonçalves,
bem como o jovem Sérgio Rubem Melo e os 12 jovens do "Projeto Pastoral
da Juventude em Ação" da Arquidiocese do Alto Solimões, que almejam a
socialização dos jovens da comunidade através do esporte.
Nas próximas semanas falaremos sobre pessoas comuns que mesmo diante
de tamanha apatia do estado, fazem do seu momento de folga, causa em
prol da recuperação dos dependentes químicos do município.(Patrick
Telles)
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Fonte: http://www.blogdafloresta.com.br/politica/11439-uma-tabatinga-que-luta-pelos-seus-jovens.html