sexta-feira 6 de março de 2015 - 8:15 AM
Beatriz Gomes / portal@d24am.com
Manaus - O consumidor do Amazonas ficou 55 horas sem energia elétrica em 2014, segundo os Indicadores de Continuidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O tempo de interrupção ultrapassou o limite estipulado pela agência reguladora em três horas, apesar da melhora dos serviços em relação ao ano passado em uma hora. A concessionária tem o dever de ressarcir os consumidores na própria conta de luz quando o limite é ultrapassado.
A Amazonas Energia manteve a 15ª posição entre as 36 distribuidoras de grande porte do País com um Desempenho Global de Continuidade (DGC) de 0,9, formado a partir da comparação entre a duração e a frequência das interrupções.
Quanto à frequência, os indicadores da Aneel também apontaram melhora, enquanto em 2013 foram 39,22 interrupções não programadas, em 2014 foram 37,51 no ano. O índice ficou abaixo do limite estipulado pela agência reguladora, que foi de 49,4 vezes. Em 2013, a empresa conseguiu ficar abaixo dos limites de qualidade da Aneel que são decrescentes para estimular as empresas a melhorarem os serviços, em 2014, a Amazonas Energia voltou a ultrapassar esses limites.
Os limites são definidos para períodos mensais, trimestrais e anuais. Quando o limite é ultrapassado, a distribuidora deve compensar financeiramente a unidade consumidora. A compensação é automática e deve ser paga em até dois meses após o mês em que houve a interrupção. As informações referentes aos indicadores de continuidade estão disponíveis na fatura de energia elétrica. De acordo com a Aneel, as empresas não são multadas por ultrapassar o limite estabelecido, mas devem fazer a compensação na conta de luz do consumidor.
Segundo os dados mais recentes da Aneel, em 2013, a Amazonas Energia pagou R$ 7,6 milhões aos consumidores do Amazonas em compensação ao limite de continuidade ultrapassado.
Desde 2013, o ranking está sendo utilizado para definição do Fator X aplicado em cada reajuste tarifário, com impacto na tarifa da distribuidora. O Fator X tem por objetivo principal garantir que o equilíbrio entre receitas e despesas eficientes se mantenha ao longo do ciclo tarifário e é estabelecido no momento da revisão tarifária.
A Amazonas Energia possuía, em 2014, 830,4 mil consumidores, segundo a Aneel, 25,5 mil a mais que em 2013.
Nacional
Em todo o País, os consumidores ficaram 17,6 horas sem energia com uma média de queda de 9,94 vezes. Uma melhora de 39 minutos em relação a 2013 que apresentou 10,49 interrupções.
No mercado de grande porte, maior que 1 terawatt hora (TWh), as melhores colocadas foram a Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz, SP), seguida da Companhia Energética do Ceará (Coelce) e da Companhia Energética do Maranhão (Cemar). A distribuidora que mais evoluiu foi a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig-D) com um avanço de dez posições em comparação com o ano de 2013. As três piores foram a Companhia Energética de Goiás (Celg-D), em 36º lugar, a Companhia Energética de Alagoas (Ceal), em 35º, e a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), em 34º. Além disso, a concessionária que mais regrediu foi a Distribuidora Gaúcha de Energia (AES SUL), com recuo de 12 posições em comparação a 2013. O ranking avaliou todas as concessionárias do País de janeiro a dezembro de 2014.
Fonte: http://new.d24am.com/noticias/economia/amazonas-fica-55-horas-energia-2014-passa-limite-aneel/130032
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